O Mundo




"Não ameia o mundo nem as cousas que há no mundo.
Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele".
1João 2.15.

Afora Mamôn, advertem as Escrituras que há outro rival de Deus: o mundo. Os interesses e prazeres naturais do indivíduo e da sociedade que, quando subordinados e cooperando com os planos do Criador, são bons e abençoados, tornam-se perversos e idólatras, quando servem somente ao egoísmo humano. Cria-se aasim um mundo oposto ao que Deus fez, no qual os prazeres e a glória do homem substituem as honras e culto que só a Deusse devem.

As variadíssimas formas que o amor do mundo pode assumir, em oposição ao amo do Pai, são capituladas por João em três classes, no texto acima citado:

          "A concupiscência da carne" - É a satisfação egoísta e pervertida dos prazeres que tem a sua sede nos instintos ou necessidades naturais do corpo. Tentando a Jesus, neste tereno, disse-lhemo diabo: "Manda que estas pedras se façam pães". Jesus estava com fome. Comer não só é lícito mas um dever. Fazê-lo porém contra os caminhos de Deus é pecado, e Jesus o repeliu.

          "A concupiscência dos olhos" - São os prazeres que tem origem e sede na mente em contraste com os prazeres da carne.  Os olhos são principalmente os órgãos pelos quais a mente pode gozá-los e por isso são chamados a concupiscência dos olhos. Foi a tentação de Jesus quando Satanás lhe ofereceu todos os reinos do mundo e a sua glória por um ato de culto e ele. Legítimos em si, os prazeres mentais podem se tornar idólatras, roubando o nosso amor a Deus para dar culto ao diabo, e daí a repulsa que o crente deve oferecer-lhes, como fez o divino Mestre.

          "A soberba da vida" - É o prazer de ser admirado e glorificado pela opnião particular ou pública. É a vanglória de feitosou qualidades pessoais que porventura tenhamos e que imodestamente exibimos. foi o que o tentador propôs a Jesus quando lhe sugeriu que se atirasse do pínáculo do templo a fim de provar que era o Messias e ser como tal aclamado. Para satisfazer a essa vaidade, que é o desvirtuamento de um amor próprio legítimo, quantos crimes contra a humanidade e quantos pecados contra Deus! Por isso "o mundo passa e a sua concupisciência, mas o que faz a vontade de Deus, permanece para sempre".

Oração:
"Ó Deus, livra-me das tentações com que o mundo procura usurpar para si os serviços e culto que só devo a ti, e dá-me a graça de permanecer firme na fé, obediência e amor que os filhos devem ao Pai celeste. Amém.

Pastor: Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

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