Mamôn (Riquezes)


"Não terás outros deuses diante de mim" - Êx 20.3.
"Não podeis servir a Deus e a Mamôn" - Mt 6.24.

Por força deste mandamento os deuses pagãos foram derribados dos seus altares, pelo cristianismo triunfante. Deus não permite sócio no culto que se lhe deve. Acontece, porém, que na vida do cristão outras coisas podem se tornar deuses que afrontam a magestade eterna.

O domínio do coração pelo amor do dinheiro é apontado, por Cristo, como capaz de produzir esse funesto efeito. "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamôn" (Riquezas) Mateus 6.24. A avareza apontada por Cristo como um deus que exige serviço fiel e exclusivo. Para poder amar as riquezas o avarento chega a odiar a Deus e, quanbdo não vai a tanto, despreza-o para dar atenção ao seu amo de metal.

De fato, esse vício domina, por completo, quem se deixa empolgar por ele. A sua inteligência só se ocupa e preocupa com os problemas do aumento e conservação da fortuna; fecha o coração e cerra a bolsa não só diante da mais triste miséria do próximoe deveres indeclináveis para com os parentes e amigos, masaté quando o conforto, saúde e honra estão em causa; e a sua vontade, completamente escravizada, é incapaz de qualquer reação contra tão tirânico senhor. O avarento não pode, pois, servir a Deus, não só porque o culto de Mamôn é exclusivista, mas também, porque Deus não permite que haja outro deus diante dele. É um estado de perdição.

Entetanto o dinheiro, representando os meios que Deus nos dá para viver, é, sem dúvida, uma bênção da sua parte. Trabalhar para ganhá-lo e  esmo fazer economias razoáveis para o futuro é um dever iniludível. Daí a constante tentação para cair nas malhas da avareza e do cuidado que o crente precisa ter para evitá-la.

Claríssimo é o caminho a seguir: manter o dinheiro como uma bênção de Deus, um servo das nossas necessidades pessoais e sociais, e nunca como rival de Deus, Senhor nosso.

Oração:
Ó Deus, abençoa o meu trabalho para que eu tenha meios de viver e possa socorrer a outros, mas livra-me do amor do dinheiro, que é idolatria. Amém.

Pastor Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

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