A Inteligência no Culto



"Vós adorais o que não conheceis,
nós adoramos o que conhecemos,
porque a salvação vem dos judeus".
João 4.22.


Para que nosso culto seja real e não uma sombra de culto é mister que nele empenhemos, ativamente, todas as faculdades que constituem a pessoa human. O texto acima mostra a necessidade do uso da inteligência que é uma dessas faculdades.

O culto dos samaritanos não era 'verdadeiro', disse Jesus, porque o conhecimento que eles tinham de Deus, o objeto do culto, era imperfeito. Possuiam somente a Lei de Moisés, pois não aceitavam os Profetas e assim estavam fora da verdade salvadora. Por isso, comparando o culto daquele povo com os dos judeus, disse Jesus: "Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos".

O conhecimento, pois, do que a Bíblia chama o Nome do Senhor, ou de tudo quanto Deus revelou de si mesmo, é indispensável não só para a salvação mas também para que possamos prestar-lhe o culto que ele busca nos seus adoradores. "Como invocarão aquele em quem não creram? Como crerão naquele de quem não ouviram falar?" - Rm 10.14. Paulo nestas vibrantes interrogações mostra a necessidade da fé para invocar o Senhor e a impossibilidade desta sem conhecimento do seu objeto.

Cremos, é certo, que as crianças e talvez outras pessoas em condições equivalentes, possam salvar-se sem o uso da inteligência ou sem o referido conhecimento; mas pelo que toda aos que estão no gôzo normal da razão, as Escrituras nos mostram a necessidade do seu uso, tanto para alcançar a salvação, como para que esta possa dar frutos.

Mas se essa atividade mental é necessária para manter a fé, mormente se faz mistér para que os nossos atos de culto tenham realidade. Os verdadeiros adoradores adoram o que conhecem, ensinou Jesus.

Quando, pois, num culto público, alguém apenas assiste às cerimônias, sem nelas tomar parte ativa e inteligente, tal pessoa não prestou culto a Deus. Ouvir com atenção a leitura e pregração da Palavra; acompanhar as orações de modo que possam dizer amém conscienciosamente; cantar os hinos ou entoá-los em espírito, são atividades indispensáveis no verdadeiro adorador.

Oração:
"Ó Deus, eu quero ter a mente sempre alerta para o conhecimento da tua Palavra e para o culto íntimo e público que te devo. Dá-me para isso o teu Espírito Santo, por amor de Jesus. Amém.


Pastor: Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

Nenhum comentário: