A justiça de Deus



"Justo és Senhor e retos os teus juízos".
Salmo 119.137.


A justiça de Deus é o seu atribudo pelo qual os ímpíos são punidos e dos justos recompensados. "O justo juízo de Deus que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça" (Romanos 2.6-8).

Esta justiça, assim rigorosamente distribuída, é inerente à obediência ou transgressão da lei moral que expressa a santidade e a bem-aventurança de Deus. A felicidade da criatura depende de estar ela em harmonia com essa lei. Transgredindo-a, o sofrimento sobrevém necessariamente. Por isso, tanto as recompensas como as punições da justiça divinas são absolutamente justas e imutáveis, visto como são imanentes à constituição moral do universo e correspondem exatamente às obras ou caráter de casa pessoa.

Ensinada pelas Escrituras Sagradas, é esta uma verdade geralmente reconhecida e crida pela consciência humana universal. Daí o terror com que os maus encaram a justiça divina e as esperanças e o prazer com que os justos a esperam.

Ensinam também tanto as Escrituras como a consciência que o homem, no estado atual, é incapaz de guardar perfeitamente a lei de Deus e, assim, merecer a bem-aventurança. Todos são pecadores e dignos de condenação.

Diante disso, para evitar a perdição universal, Deus resolveu imputar a justiça de Cristo, ou considerar como justo, a todo aquele que se unir ao Salvador pela fé.

Esta é a única maneira de o homem tornar-se justo e aguardar com alegria o julgamento de Deus. Fora dessa justiça gratuita e adquirida, unicamente, pela fé, só podem os homens esperar a condenação. "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; porém aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanecerá" (João 3.36).


Oração:
"Ó Deus, cônscio de que não posso conseguir pelas obras a justiça que a tua lei exige, apego-me pela fé à perfeição que me ofereces em Cristo. Dá-me crescer nessa fé para aguardar serenamente o teu juízo final. Por Cristo Jesus. Amém.


Pastor Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

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