Lições da Vida [12]

A natureza do amor
Salomão e Sulamita
Cantares 8.6-7




O amor não pode ser forçado a acontecer


"Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordareis nem desperteis o amor, até que este o queira" (Cantares 8.4). Em sua linguagem poética, o texto de Cantares ensina que é impossível "forçar a barra" para que exista um relacionamento de amor. Não se pode impor o amor em nenhuma situação. O grande rei Salomão queria, de qualquer maneira, que a Sulamita o amasse. Mesmo com sua simplicidade de moça da zona rural, a Sulamita demonstrou saber algo que o sábio rei não sabia: o amor entre um homem e uma mulher é espontâneo e, por isso mesmo, deve fluir de modo natural. Se o amor não quiser se manifestar, não pode ser despertado, ou seja, não pode ser forçado.

Não é esse o caso quando se trata do relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Em situação assim, não se trata de ter sentimentos de amor, mas de ter atitudes concretas e práticas de amor ao próximo, como Jesus ensinou na parábola do samaritano (Lucas 10.25-37). Pois o Senhor Jesus ensinou que seus seguidores devem amar até seus inimigos (Mateus 5.44) e a todo semelhante.

Em se tratando de um homem e uma mulher, o amor não pode ser forçado. Ou surge naturalmente, ou simplesmente não surge de modo algum. O rei Salomão fracassou em sua tentativa de conquistar a Sulamita, porque pensou que, sendo homem (em uma sociedade patriarcal) e rico (em uma sociedade monárquica), poderia impor sua vontade sobre uma moça pobre. Desse modo, o livro de Cantares exalta a figura da mulher, libertando-a de preconceitos e afirmando seu direito de expressar sua vontade.



Pastor: Carlos  Ribeiro Caldas Filho.

Um comentário:

Carlos Caldas disse...

Obrigado Gilberto, fico honrado em ter sido citado por você! Valeu mermão!