A Primeira Tentação de Jesus



"Se és o Filho de Deus,
manda que estas pedras se transformem pães"
Mateus 4.3


Esta foi a primeira foi a primeira tentação do diabo, depois do jejum de quarenta dias, no deserto. Nada mais justo e necessário, na aparência. Jesus estava com muita fome e no dever de procurar alimento urgentemente. No lugar em que estava não o podia obter por meios naturais. Ora, Deus que havia poucos dias o tinha proclamado seu Filho muito amado e podia, como pregava o Batista, fazer de pedras filhos de Abraão, poderia também habilitálo a fazer pão de pedras para se alimentar naquela emergência.

A sugestão diabólica era tão plausível que poderia parecer a Jesus como vinda de sua própria mente. Cheio, porém, do Espírito Santo, ele viu, de pronto, que a mesma era filha da astuciosa serpente que lá no Éden enganara o primeiro Adão.

Estava ali como campeão da humanidade e não podia agir em interesse próprio, exclusivo. Poderia, é certo, obter alimento milagrosamente, mas, nesse caso, deixaria de se portar como o crente comum que, em suas extremidades, não pode fazer milagre e só deve confiar e esperar em Deus.

Seria deixar de lado a sua natueza humana para só contar com a divina, ou anular, daquele modo, a sua encarnação, comprometendo toda a sua obra redentora..

Por isso, a repulsa veio prontamente: "Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". A vida não depende do alimento, mas de Deus. Não é de fome que o homem morre, comumente. Deus pode manter a vida sem alimento, se quiser. Assim, não lhe competia fazer um milagre para alimentar-se, mas esperar em Deus.

A quantas tentações assim tão sutis e ainda firmadas em argumentos lógicos, tirados da Bíblia, não sucumbe muitas vezes o crente! Para evitá-lo é preciso estar semore, como Jesus, cheio do Espírito Santo e habilitado a manejar a seu exemplo, a espara do Espírito que é a Palavra de Deus - A Bílbia.



Oração:
Ó Senhor Jesus, tu sofreste fome cruelíssima para não deixares de fazer causa comum com a humanidade sofredora e pecadora que vieste salvar; eu te agradeço comovido esse e todos os teus sofrimentos em nosso favor. Amém.




Pastor Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

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