A Santidade de Deus

"Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;

toda a terra está cheia da sua glória"

Isaías 6.3.

A santidade de Deus é o atributo ou modalidade da sua essência que exige que as criaturas também sejam santas. É padrão eterno da lei moral que ele nos impôs, e a obediência a essa lei constitue a nossa santidade ou harmonia com as perfeições da natureza divina.

A consciência  humana e as Sagradas Escrituras são os órgãos pelos quais essa lei foi promulgada. A consciência, que é a lei de Deus escrita nas tábuas do coração, exige a prática do bem e proíbe o mal, punindo a este com o remorso e aprovando aquele com particular prazer íntimo. A lei moral, expressa nas Escrituas, reafirma a lei natural da consciência e a esclarece, apontando as virtudes que Deus requer do homem e o que constitue pecado ou ofensa à sua pessoa.

Essa lei é perfeita; não poderia ser outra nem é modificável, porque não teve origem em um ato arbitrário de Deus, mas é a expressão da sua própria natureza ou santidade. "Sêde santos porque Eu sou santo" 1Pedro 1.16.

A justa exigência de Deus, porém, o homem não a pode satisfazer desde a queda original da raça. Em vez disso, ofende constantemente a lei divina por atos, palavras e pensamentos. Este fato tristíssimo deve levar-nos a nos apropriar pela fé, cada vez mais, da perfeição adquirida por Cristo na sua obediência absoluta à lei de Deus. Somente pela união com o Salvador e humilde arrependimento dos pecados poderemos crescer em santidade, realizando o fim para que fomos criados, que é refletir a imagem de Deus para Sua glória e nossa felicidade.

Oração:

Ó Deus, dá-me a graça de evitar o pecado e faz-me crescer na santidade sem a qual não poderia ver-te. Que teu Espírito Santo opere de tal modo em mim que eu possa vir a unir-me um dia ao côro dos anjos e cantar: 'Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos!'. Amém.

Pastor Alfredo Borges Teixeira.

Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.