A Justiça do Cristão



"...vestindo-vos da couraça da justiça"
Efésios 6.14b.


A justiça exigida pela lei de Deus, só pode o homem adquiri-la, como vimos em meditação anterior, unindo-se a Cristo pela fé, de modo a participar da sua justiça perfeita. Essa justiça objetiva, porém, imputada ao pecador no fôro divino, precisa tornar-se subjetiva ou ser incorporada no caráter do crente.

É o que ensina o apóstolo quando diz que a fé identifica o cfrente com a morte e ressurreição de Jesus, de modo que não pode mais viver no pecado que levou o Salvador à cruz e deve ter uma nova vida moral juntamente com ele em sua ressurreição.

 Essa incorporação da justiça de Cristo no caráter do crente, ou seja a sua santificação progressiva, é consequência e não causa de seu estado de salvação. Uma árvore boa produz bons frutos. Perdoado por Deus e tendo alcançado um novo nascimento pelo Espírito Santo, o homem agora está em condições de fazer o bem e fugir do mal. Ser justo em todas as suas relações com o próximo, diante de Deus, pode e deve ser agora toda a sua preocupação.

Sem dúvida, muitas faltas ou imperfeições ainda lhe sobrevém em suas lutas cristãs, mas as quedas não impedem que se levante e continue a lutar para alcançar a "estatura de varão perfeito segundo a idade completa de Cristo" (Efésios 4.13).

Se assim não fizer, não dará provas nem poderá ter certeza de estar perdoado e salvo por Deus. Além disso, sem essa justiça, ele está constantemente sujeito ao escárnio e às flechas inflamadas do maligno, porque a couraça que o protege contra esses ataque é a justiça adquirida pela fé, mas comprovada pelas obras na formação de um caráter reto.


Oração:
Ó Deus, dá-me a graça de lutar eficazmente contra o homem velho, e viver o homem novo, adquirido em Cristo, a vida reta de que Ele nos deu direito e o exemplo. Amém.



Pastor Alfredo Borges Teixeira.
Livro: Meditações Cristãs, 2ª edição, 1967.

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